RPG, a aventura de ensinar pt3
Segundo o psicólogo Alfeu Marcatto, autor do livro Saindo do Quadro, obra que oferece subsídios para professores que queiram utilizar de RPG em suas aulas, um fator bastante importante do RPG é que se tem a possibilidade de mostrar ao aluno a utilidade da matéria estudada. “Na aula tradicional a tendência é você receber o conteúdo, ali não, no jogo de RPG você tem que praticar aquilo, você tem que usar sua dedicação para resolver os problemas. O movimento é proativo, não é um movimento só passivo. É proativo e isso faz toda diferença.” O psicólogo faz programas de treinamento para professores, ensinando-os usar o RPG como ferramenta em sala de aula.
Além destas, outras características importantes também podem ser estimuladas,São justamente fatores como a falta de inovação e novas tecnologias de e
Portanto, com os constantes avanços tecnológicos, é muito importante que alunos e professores estejam atentos às novidades e que consigam se adaptar e desenvolver as interações solicitadas durante suas atividades de rotina, aproveitando as vantagens pedagógicas que são oferecidas e idealizando novas ferramentas didáticas. Diante de todas essas mudanças de cenário, surgem algumas perguntas: quais os principais desafios da educação nos dias atuais para os mestres? Por que o RPG pode ser uma alternativa? De que forma o jogo pode contribuir para a formação das crianças e adolescentes?
Ricardo Ribeiro do Amaral,
mestre em Ensino das Ciências, licenciado em
Física e professor do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) avalia que “é preciso apresentar uma educação dinâmica, veloz, motivadora e interativa. Os estudantes atuais têm a informação a alguns cliques de qualquer computador, com o acesso à internet. Para que eles se sintam motivados em aprender na escola, precisam se sentir ativos nesse aprendizado. O professor não é mais o detentor exclusivo ou absoluto da informação.”Quem compartilha dessa opinião é a pesquisadora e professora de Design da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Eliane Bettocchi Godinho. Ela diz: “A dificuldade está em reconhecer que não apenas o modelo vigente de ensino está obsoleto, mas também os conteúdos”.
Já a professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Magda Medhat Pechliye, doutora em Ciências Biológicas, comenta sobre a formação dos profissionais na área. “Considero que os problemas são muitos, mas destaco a má formação. Os cursos de formação de professores priorizam o conteúdo e não a reflexão.”
Alfeu Marcatto, diz que hoje as pessoas se tornam mais exigentes, tendo uma consciência maior do que elas querem. De repente, estas mesmas pessoas se deparam com, por exemplo, um conteúdo didático que não interessa, que em uma primeira estância, não conseguem ver utilidade para aquilo. Como consequência, não se dedicam: “Antigamente o sujeito tinha que se dedicar porque tinha e pronto. Tinha nota, e aquilo devia ser daquele jeito e ninguém questionava. Hoje as pessoas questionam! No entanto, por outro lado, o aluno passa automaticamente. Sabemos que há essa facilidade. Então, para que estudar aquilo? E não adianta você chegar e dizer “Olha, você precisa se dedicar”, é da própria natureza humana, se você não vê utilidade para “aquilo”, mesmo sendo algo necessário, correto, você não vai querer gastar energia, certo? E é saudável! Porque se não, imagina, a gente gastando energia em coisas inúteis? E que às vezes, é tão inútil para o aluno quanto pro professor. A diferença entre eles é que o último está sendo obrigado a dar aquela aula.”
Abraços,
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigada por comentar!