Recentemente tenho trabalhado nas coisas do Fã Clube de Kaya, finalizei a arte da Faixa de recepção dele. Ela vai ser impressa em 2 metros por 80 cm.
terça-feira, 28 de junho de 2011
Faixa Kaya
Postado por Ange às 10:01terça-feira, 21 de junho de 2011
Banner Kaya
Postado por Ange às 18:27Olá. Sei que disse que continuaria a postar o TCC, mas texto, texto, texto, eu estaria cheia de ler só texto.
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Apenas uma prosa...
Postado por Ange às 10:28Amanhã continuarei postando o TCC, hoje vai ser rápido. Apenas um textinho em prosa que sempre pode dizer algo a alguém, ou a alguéns.
“ Um dia você vai estar sozinho, vai fechar os olhos e tudo vai estar escuro na sua vida. Os números da sua agenda passarão claramente na sua frente e você não terá nenhum para discar. Sua boca vai tentar chamar alguém, mas não há ninguém solidário o bastante para sair correndo e te dar um abraço, nem te colocar no colo e acariciar seus cabelos até que o mundo pare de girar. E nessa fração de segundos, quando seus pés se perderem do chão, você vai lembrar-se da minha ternura e do meu sorriso. Virão súbitas memórias gostosas dos meus abraços e beijos, da minha preocupação com você e só vão ter algumas músicas repentinas, as nossas. Em um novo momento você vai sentir um aperto no peito, uma pausa na respiração e vai torcer bem forte para ter o nosso mundinho delicioso de novo. O nome disso é saudade, aquilo que eu tinha e te falava sempre. E quando você finalmente discar o meu número, ele estará ocupado demais, ou nem será mais o mesmo, ou até eu nem queira mais te atender.”
Que seja lido, ao menos!
Abraços,
Ange
Marcadores: Poema
sexta-feira, 17 de junho de 2011
RPG, a aventura de ensinar
Postado por Ange às 21:21RPG, a aventura de ensinar pt3
Segundo o psicólogo Alfeu Marcatto, autor do livro Saindo do Quadro, obra que oferece subsídios para professores que queiram utilizar de RPG em suas aulas, um fator bastante importante do RPG é que se tem a possibilidade de mostrar ao aluno a utilidade da matéria estudada. “Na aula tradicional a tendência é você receber o conteúdo, ali não, no jogo de RPG você tem que praticar aquilo, você tem que usar sua dedicação para resolver os problemas. O movimento é proativo, não é um movimento só passivo. É proativo e isso faz toda diferença.” O psicólogo faz programas de treinamento para professores, ensinando-os usar o RPG como ferramenta em sala de aula.
Além destas, outras características importantes também podem ser estimuladas,São justamente fatores como a falta de inovação e novas tecnologias de e
Portanto, com os constantes avanços tecnológicos, é muito importante que alunos e professores estejam atentos às novidades e que consigam se adaptar e desenvolver as interações solicitadas durante suas atividades de rotina, aproveitando as vantagens pedagógicas que são oferecidas e idealizando novas ferramentas didáticas. Diante de todas essas mudanças de cenário, surgem algumas perguntas: quais os principais desafios da educação nos dias atuais para os mestres? Por que o RPG pode ser uma alternativa? De que forma o jogo pode contribuir para a formação das crianças e adolescentes?
Ricardo Ribeiro do Amaral,
mestre em Ensino das Ciências, licenciado em
Física e professor do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) avalia que “é preciso apresentar uma educação dinâmica, veloz, motivadora e interativa. Os estudantes atuais têm a informação a alguns cliques de qualquer computador, com o acesso à internet. Para que eles se sintam motivados em aprender na escola, precisam se sentir ativos nesse aprendizado. O professor não é mais o detentor exclusivo ou absoluto da informação.”Quem compartilha dessa opinião é a pesquisadora e professora de Design da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Eliane Bettocchi Godinho. Ela diz: “A dificuldade está em reconhecer que não apenas o modelo vigente de ensino está obsoleto, mas também os conteúdos”.
Já a professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Magda Medhat Pechliye, doutora em Ciências Biológicas, comenta sobre a formação dos profissionais na área. “Considero que os problemas são muitos, mas destaco a má formação. Os cursos de formação de professores priorizam o conteúdo e não a reflexão.”
Alfeu Marcatto, diz que hoje as pessoas se tornam mais exigentes, tendo uma consciência maior do que elas querem. De repente, estas mesmas pessoas se deparam com, por exemplo, um conteúdo didático que não interessa, que em uma primeira estância, não conseguem ver utilidade para aquilo. Como consequência, não se dedicam: “Antigamente o sujeito tinha que se dedicar porque tinha e pronto. Tinha nota, e aquilo devia ser daquele jeito e ninguém questionava. Hoje as pessoas questionam! No entanto, por outro lado, o aluno passa automaticamente. Sabemos que há essa facilidade. Então, para que estudar aquilo? E não adianta você chegar e dizer “Olha, você precisa se dedicar”, é da própria natureza humana, se você não vê utilidade para “aquilo”, mesmo sendo algo necessário, correto, você não vai querer gastar energia, certo? E é saudável! Porque se não, imagina, a gente gastando energia em coisas inúteis? E que às vezes, é tão inútil para o aluno quanto pro professor. A diferença entre eles é que o último está sendo obrigado a dar aquela aula.”
Abraços,
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quarta-feira, 15 de junho de 2011
Continuação de RPG, a aventura de ensinar
Postado por Ange às 09:40RPG, a aventura de ensinar - Parte 2
O role playing game, que inicialmente foi criado para ser uma brincadeira de mesa, é um “jogo de representação” ou de “interpretação de papéis” em grupo. Surgiu na década de 1970, nos Estados Unidos, e logo se espalhou pelo mundo, chegando ao Brasil no final de 1980. Além dos participantes, que assumem papéis de personagens, há também a figura de um narrador que, dentro de um sistema de regras, cria histórias recheadas de complicações, problemas, desafios e enigmas a serem resolvidos pelos participantes, que vivenciam os tais papéis em uma determinada história. Durante uma partida, são utilizados dados multifacetados, lápis e papel. Podemos pensar que todo jogo é uma disputa, então, quem ganha o jogo num RPG? Essa idéia não se aplica a esse jogo, não existem ganhadores ou perdedores num RPG. É um jogo em que o grupo de personagens deve trabalhar unido para alcançar o sucesso em suas aventuras. E alcançando esse objetivo da narrativa, todos ganham pontos de experiência e história na vida de sua personagem.
Ensinar é uma tarefa árdua, que exige bastante esforço físico e psicológico, tanto do educador quanto do aluno. Portanto, ao combinar esse jogo com o universo pedagógico, foram feitas algumas adaptações para que o conteúdo se encaixasse aos padrões de um projeto de ensino.
Antes de mais nada, deve-se usar o conteúdo do tema de aula como pano de fundo para essa aplicação. Carlos Klimick, professor e doutor em Letras, especialista no tema, trabalha como “Designer Didático”, ou seja, modela alguns cursos para tornar o conteúdo mais interessante. Ele analisa quais são os efeitos e as contribuições destas adaptações do jogo para o universo pedagógico, apontando as características positivas do RPG que contribuem para o aprendizado.
Se a perspectiva é de cooperação, Klimick diz que o aprendizado não é competitivo, mas cooperativo. Os desafios têm de ser vencidos pelo grupo e em conjunto. Não existem vencedores ou perdedores no RPG. Todos trabalham para resolver as situações-problemas descritas pelo narrador. O especialista também destaca que é possível encontrar vantagens em relação à possibilidade de socialização. Para ele, o RPG com dimensão pedagógica estimula a interação verbal, já que todos os participantes podem opinar, interagir, ajudar no desenrolar da história.
“Ações têm conseqüências, o que você faz em determinada etapa vai ter repercussão à frente”, comenta. Sobre a narratividade, ele lembra que ”histórias são um excelente recurso educacional. Na poética de Aristóteles, ele fala que é prazeroso aprender. Os jesuítas já usavam esse recurso na catequese e nós fazemos isso claramente nas fábulas; qual a moral de chapeuzinho vermelho? É não falar com estranhos. A narratividade tem uma relação natural com a educação”.
Outra vantagem, segundo o especialista, é poder usar vários recursos de linguagem. Há o texto escrito, o oral, gestual, imagem. Vídeos e fotos ajudam a ilustrar imagens de cenários onde se passa a narrativa, assim como auxiliam na visualização física de uma personagem. Por fim, as contribuições se associam ainda ao estímulo à interdisciplinaridade.
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terça-feira, 14 de junho de 2011
RPG, a aventura de ensinar
Postado por Ange às 11:48Nada melhor do que misturar um gosto com a obrigação.
RPG, A aventura de ensinar
Agnes Avelino e Amanda Palestino
Depois de mais um dia de aula no Colégio São Paulo, escola particular em que estudava, no bairro da Mooca, zona leste de São Paulo, o menino Marcel - com 12 anos na época - volta pra casa agitado, cheio de novidades. A mãe, curiosa, pergunta: “Como foi na aula, filho?”. Empolgado, ele responde: “Foi demais! Eu estava na caverna com meus amigos, ventava muito e o frio estava congelante. Mas aí, demos um jeito de fazer fogo esfregando pedras! Conseguimos ficar aquecidos e ainda mantivemos os animais longe da gente!”
O agora jovem rapaz, Marcel Obretch Jr., já com 20 anos, relembra esse episódio aos sorrisos. A dona de casa, Claudia Dias Obrecht, 44 anos, mãe de Marcel, lembra que o filho sempre demonstrou preferência pelas matérias na área de exatas. No entanto, naquele já distante ano de 2002, quando estava na quinta série, o que o garoto mais queria mesmo era que a semana passasse voando e que as terças-feiras chegassem logo, para que pudesse participar das aulas de História. A mãe se alegrava ao vê-lo saindo animado de casa para ir ao Colégio. “Ele me dizia que faziam testes para conseguir fogo, alimentos, armas e vestimentas. E usavam recursos como se realmente fossem personagens pré-históricos”, afirma Claudia.
Marcel conta que, no começo, a resistência e o estranhamento foram grandes. Muitos colegas de classe chamavam o professor “Luis” (a memória falha, ele já não recorda mais o sobrenome) de biruta. Mas com o passar do tempo, todos acabaram percebendo o quanto se divertiam. E aprendiam. “Não parecia uma aula, onde você fica sentado só escutando o que o professor tem a dizer e lendo livros. Afinal, História é uma matéria que pode se tornar muito cansativa e pouco atraente para muitos alunos”. E justamente por conta da maneira como o mestre ensinava, o professor de História é um dos poucos de quem ele se recorda da época de escola. Diz que “Luis” o fazia “vivenciar” o que os pré-históricos tinham vivido, demonstrando de maneira prática como esses homens contribuíram de maneira significativa para a evolução da espécie humana.
Vivenciar a história? Maneira diferente de ensinar? Situações e cenários de representação? Estamos falando do RPG - role playing game - como mais uma ferramenta pedagógica para o educador.
Como se observa, não é de hoje que especialistas e professores estudam o lúdico como estratégia eficiente de ensino. Mas antes, o que vem a ser RPG?
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segunda-feira, 13 de junho de 2011
O bom com face de mau
Postado por Ange às 13:32Hoje é dia de conto.
“ Sou um anjo com cara de demônio
Sou o bom com face de mau
Sou um anjo em corpo humano
Mente e alma presos neste coro tão profano
Sou um anjo da noite como vários que aqui estão
Sou um que nunca aprendeu a amar e só sofreu por desilusão
Sou um anjo assustado que me abrigo na escuridão
A escuridão é minha casa, a noite é meu mundo
Um mundo de angústia e desilusão
Um mundo que achei que era perfeito, mas que destruiu meu coração...”(Desconhecido)
Eis que as cortinas se abrem, e a primeira protagonista a invadir esta realidade deturpada de um lugar precário assombrado por tantos sofrimentos guardados é mais alguém que vai infectar a atmosfera da Perdition, pobre criança, se soubesse talvez nem tivesse pisado lá dentro, não teria subido naquele palco de aberrações laçada pelas teias macabras do lugar... O sofrimento, a injustiça, são esses tipos sentimentos que faz com que a Perdition atraia as pessoas certas para tecer sua história como num jogo de estratégia.
O que? Uma criança e um bar adulto não combinam? E daí? O sofrimento não escolhe idade, sexo, condição social, raça, nada.
A pequena mulatinha demorou em conseguir empurrar aquela grande porta, seus braços magros quase não agüentaram, mas ela precisava pedir pelo menos um copo de água, há duas noites que ronda procurando por um lugar abrigado, há duas noites que sua vida havia sido condenada. O som da antiga jukebox soava espectral para a menina, acima das vozes e murmúrios, acima do titilar de copos e arrastar de cadeiras, mesmo que o som estivesse baixo naquela parte do bar, a atenção da menina que sequer atingiu a puberdade foi para a música, ouvindo-a como se fosse a coisa mais bela que já ouvira e a fazia suspirar mesmo que o ar que se passava no momento estivesse impregnado dos charutos de um grupos de homens reunidos ali perto em uma das mesas do lugar.
Seu estômago se contraía dolorosamente, a fazia andar um tanto encolhida, os grossos cabelos negros estavam desgrenhados e seus olhos escuros cheios de olheiras carregavam um tom doentio, ela caminhou discretamente, ninguém lhe dava atenção, ela não se importava, só torcia para conseguir ser vista pelo barman e a este dar pena a ponto de conseguir algo.
Frente ao balcão, na ponta dos pés sujos e descalços ele tentava ser vista, mas o balcão era alto, e daria trabalho subir naqueles bancos redondos e giratórios, já estava desistindo quando uma mão lhe estende um copo cheio de leite. Sem pensar e sem olhar para o doador, na fome infantil ela agarra o copo grande com as duas mãos afundando-se nele em goles famintos que lhe manchavam o buço de branco.
O leite que Dreamer deu à criança estava gelado, mas a menina bebia como se estivesse delicioso, a silhueta alta do homem deixava a garota dentro das sombras. Dreamer estava lá no dia, infelizmente ele teve que estar lá. Era duro saber que nas periferias das cidades ainda existem famílias inteiras que se formam sem registro algum e quando morrem, morrem como se nunca tivessem nascido... Há dois dias atrás, dois indigentes foram enterrados sem lápide, sem nada, como animais, num dia chuvoso de maneira que fazia parecer que os céus protestavam, mas cegos e surdos, ninguém nunca ouvia... Dreamer ouvia...
Suas roupas sempre negras, o andar pelos cantos sempre deram a Dreamer a discrição que precisava para assistir as coisas que faziam o mundo gritar. Foram os pais daquela garota que foram enterrados lá. E esses dois dias foram os dias que a menina demorou em conseguir entender que eles não sairiam mais da terra, mesmo sempre dizendo que nunca a deixariam, que a amavam... Agora ouvia outros dizendo que eles haviam sido levados para o céu, mas por que diabos foram para o céu e ela não pôde ir? Ela ficou dois dias lá esperando, debaixo de chuva e vento de outono, já apresentava sintomas fortes de desnutrição e pneumonia, suas lágrimas secaram. Até que as necessidades vitais a fizeram levantar e procurar abrigo, e assim entrou na Perdition.
Os olhos escondidos por trás do capuz do sobretudo de Dreamer julgavam o futuro da garotinha : roubando pra comer, passando de reformatório em reformatório, voltando às ruas e se tornando uma prostituta para continuar viver, e assim seria vida dela, até pegar uma doença sexualmente transmitida ou tendo alguma overdose, ou mesmo, quem sabe, cometendo suicídio...
Nessa história a Taverna só serviu de ponto de encontro, de cenário crucial... Não foi difícil para Dreamer convencer a garota que com ele havia mais copos de leite e que podia levá-la até os papais dela, e também foi fácil passar com garota por uma saída dos fundos sem que fossem notados.
A pequena entrou sem ser reparada, e saiu da mesma forma.
Era para o estacionamento dos fundos que aquela porta levava, o chão era de terra, havia muitos poucos carros lá, o terreno era fechado por arame farpado, e de grande extensão. O terreno disforme não marcava os passos, uma parede fria em que ele se encostou sob uma sombra, agachado a altura da menina que curiosamente tentava lhe enxergar o rosto por dentro do capuz escuro, ainda com o buço branco de leite, Dreamer a abraçou, seus braços grandes perto da garota envolveram a nuca e cabeça... Lágrimas brotaram por detrás do capuz, e então com um movimento rápido, sem grito, sem lástima, sem piedade, o pescoço da garota é quebrado como de fosse um graveto e ela morre em seus braços, desfalecendo como uma boneca quebrada e sem vida. A promessa foi cumprida.
Dreamer seria um anjo que a salvou de um trágico destino, ou um sádico demônio se alimentando das dores dos outros e roubando mais uma vida inocente? Só se sabe que ele ouviu o grito de seu coração, e a sua morte ele chorou.
Como o mundo pode continuar?
By: Ange
Abraços
Marcadores: Contos, portfólio, Taverna da Perdição
domingo, 12 de junho de 2011
Cores do dia
Postado por Ange às 18:06Olá!
Marcadores: Ensaio, Fotografia, portfólio
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Samurai Urbano
Postado por Ange às 12:25Certa vez tive um trabalho de fotografia para fazer, usar alguns fotógrafos de inspiração e realizar um ensaio. Isso foi mais ou menos em abril desse ano.
Marcadores: Ensaio, Fotografia, portfólio
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Ange's Word
Postado por Ange às 13:39Aqui mostrará a minha identidade, meus gostos e meu estilo.
Um baú de sonhos, um livro de recordações, literatura, curiosidades. Tudo aqui sou eu, tudo aqui eu quero guardar.
Tenho um alter-ego que às vezes fala por mim. É meu anjo, chamo-o de anjo às vezes e outras de Rosiel, de Rochel, de Roshieru, vai depender do contexto. Então, nada melhor que abrir com as palavras e a mente dele:
Heresia
" Ele cheirava como os anjos deviam ser. Quase parecia brilhar ali dentro, mesmo que suas roupas fossem negras e lustrosas, calças justas às coxas, blusa de gola alta que , de curta, quase lhe deixava o umbigo aparecer de seu corpo esguio e andrógino. Riu sem disfarçar do desastrado jovem padre, tampando a própria boca com os dedos que ficavam fora da luva que lhe cobria a palma e os braços. Depois se aproximou daquela grade de madeira, seu nariz quase grudado ali, seus dedos de longas unhas aparecendo entre os buracos da grade que os separava de forma tão simbólica e efêmera.
- Eu vi. Vi os desejos de um jovem padre. Vi ele “empolgado” com figuras divinas, sendo levado pelo desejo carnal. Vi. Ele. Um condenado por sua espécie. Espécie que é o câncer do mundo atual. Eu vi...
Se remexeu do outro lado, desse vez quase colando os lábios na madeira pra poder cochichar ao jovem padre.
- Mas sabe qual é a pior parte? ...
Pausou novamente enquanto esticava um sorriso em seus lábios tenros e cheios de malícias em suas palavras parafraseadas e distribuídas com o veneno de seu tom suave e presente.
- Eu não me arrependo.
Nem tenho porquê, minha alma já está no Paraíso."
São trechos da mente e história desse anjo, são pequenos contos tirados de uma história massiva que postarei as partes que achar conveniente.
Até breve,
Ange